Há uns oito anos eu entrei pela primeira vez numa academia para fazer hidroginástica (ou, como diz uma amiga sumida, “sopa de velhinhas” – hehehe). Chamava-se “Edison e Valéria” e ocupava uma casa pequena em Ipanema, nada daquelas academias luxuosas de muitos andares em que as pessoas são tratadas como números ou fotinhos em carteirinhas ou programas de computador.

As primeiras aulas foram um sofrimento só! Afinal, precisava adaptar meu corpo às novas exigências energéticas e musculares. Depois de um tempo, já era craque e tirava de letra as aulas do professor Felipe. Emagrecia tipo um quilo por semana, pois pegava pesado nas aulas.

Fiquei por lá um ou dois anos (não me lembro mais, pois minha memória é meio ruim para datas) e depois me mudei para o Catete e parei tudo. Acabei arrumando uma academia na rua atrás da minha e voltei a fazer hidro. Não era a mesma coisa. Para começar, as aulas não eram tão animadas. Depois, dava para sentir o cheiro do cloro ao passar na porta da academia, ou seja, a concentração de cloro na piscina era um absurdo. Com isso, desenvolvi uma alergia violenta ao cloro, que me dava coceiras terrífveis. Tive de abandonar tudo. Acabei fazendo musculação, mas era muito chato ficar levantando ferro e andando na esteira enquanto a TV mostrava programas sem graça nenhuma.

Por motivos de grana e de tempo (depois que comecei a faculdade e comecei a trabalhar), acabei largando todas as atividades físicas. Virei quase uma “couch potato“! Ainda piorei (e engordei) depois que tive de me entupir de hormônios, ferro e vitaminas por conta da hiperplasia de endométrio que quase me matou há cerca de dois anos.

O fato é que acabei ficando sedentária demais, já que quase não saio de casa (meu trabalho é quase 100% virtual) e não tenho uma alimentação das mais saudáveis. Em setembro do ano passado, quando comecei a pensar em voltar à hidro, fui até a primeira academia de novo. Assim que entrei, a MESMA recepcionista de oito anos atrás olhou para mim e disse: “Cláudia. Mello. Be… hmmm… é um nome complicado…” Eu completei – “Belhassof” – quase com lágrimas nos olhos.

Depois de tantos anos sem nem me ver, a pessoa olha para mim e fala meu nome completo? Incrível! Essa é a diferença entre uma academia que te trata como PESSOA e as que te tratam como número (a grande maioria).

Se você mora em Ipanema ou no final de Copacabana, eu recomendo: fica na rua Teixeira de Melo, no quarteirão da praia. Vale a pena ser bem tratado.

Infelizmente, só consegui voltar à hidro há uma semana, mas estou muito feliz e já estou com outra disposição. É impressionante como o corpo reage rápido! Meus músculos da perna já estão mais durinhos!

Hoje, o nome da academia é outro – “Academia Edison Figueiredo” -, mas as PESSOAS são as mesmas: Patrícia (fofíssima) na recepção e Felipe (sempre com uma história para contar durante as aulas) no comando das aulas. (Há outros professores de hidro, mas acabei me acostumando às aulas puxadas do Felipe e não quero outra coisa na vida.)

Só fica uma pergunta: por que não recomecei antes?