Agradecimento

Posted by on 07 Jun 2010 | Tagged as: aniversários, vida

Imagem: Alice Popkorn – Winter Friends

Cinco anos atrás, quando completei 40 anos, eu estava em uma depressão tão profunda e sem ver saída nem solução para todos os problemas que eu vivia na época que não comemorei. Não tinha motivos para comemorar minha vida. Nada. Só tinha motivos para chorar e querer morrer.

Hoje completo 45 anos. Os problemas são mais ou menos parecidos com os daquela época, mas eu mudei.

Hoje estou numa profissão que adoro e tenho vários caminhos para progredir. As portas estão abertas para um futuro cheio de possibilidades.

Hoje eu vejo minha família mais saudável e mais feliz do que naquela época.

E, principalmente, hoje eu sei que, embora eu tenha problemas muito sérios, eu também tenho muitos amigos. Algumas pessoas podem dizer “ah, mas amigos a gente conta nos dedos” ou “amigos são raros e não devemos usar essa palavra com qualquer pessoa” ou, ainda, “essa gente de internet não é amiga de ninguém”.

Permitam-me discordar. Hoje, 99% das pessoas que eu posso chamar de amigos vieram desse “mundo virtual”, tão temido e tão criticado por tanta gente. A muitas dessas pessoas eu confiaria minha vida.

Não vou citar nomes porque eu certamente seria injusta e me esqueceria de pessoas que eu amo muito, mas saiba que, se você faz parte do meu círculo de amigos, você me ajudou a chegar até aqui.

Obrigada por existir e por estar perto do meu coração. 🙂

(UPDATE: Depois de reler o post, achei que passei a impressão de que não tinha amigos naquela época. Eu tinha, sim. Alguns ainda estão por perto até hoje, inclusive. Mas eu não lhes dava o devido valor. Hoje eu posso dizer que meus amigos são um grande presente da vida e hoje eu sei dar valor a cada um.)

Sobre o final da série LOST – contém spoilers

Posted by on 24 May 2010 | Tagged as: Uncategorized

Na primeira temporada de LOST, quando todo mundo começou a pirar nos mistérios criados pela série, eu disse: “Não quero saber dos mistérios. Quero saber das pessoas”. Também disse que estavam todos mortos, numa espécie de “purgatório” ou “limbo”, mas isso foi desmentido pela produção naquela época.

Quando vi este vídeo do TED com J.J. Abrams, tive ainda mais certeza de que ele não explicaria nada.

E, ontem, no final da série, depois de seis anos, ele realmente não explicou os mistérios todos. E comprovou minhas teorias: estavam todos mortos, e a ilha era uma espécie de purgatório onde eles deveriam “se redimir” de suas vidas anteriores.

Mas isso não é importante no final da série.

O que me emocionou foi ver a mudança dos personagens, a forma como eles encontraram suas verdadeiras essências e entenderam o valor da amizade, do outro, da colaboração. O que eles viveram juntos foi uma prova de fogo para chegar a isso.

E nós? Temos compreendido os sinais da vida? Temos aproveitado cada momento para fortalecer amizades, valorizar os outros e colaborar para tornar útil a nossa vida? Será que precisaremos passar por um “purgatório” para encontrar nossas verdadeiras essências e entender que nada é real ou virtual, que tudo que importa são nossos sentimentos, nossas ligações uns com os outros, que somos todos uma coisa só?

Bodas de Prata – convite

Posted by on 04 May 2010 | Tagged as: aniversários, vida

Queridos amigos,

Como vocês sabem, eu e Roney estamos comemorando 25 anos de união feliz – cheia de altos e baixos, mas feliz.  🙂

Estamos marcando um choppinho com os amigos e gostaríamos muito de ver vocês lá no Barthodomeu no dia 12/05, a partir das 19 horas.

Preciso de confirmação de presença até o dia 10, próxima segunda-feira, para reservar o local.

Fizemos uma lista de presentes na Tok&Stok e outra na Zelo, mas você também pode optar por fazer uma doação para um projeto maravilhoso de incentivo à leitura, chamado Expedição Vaga-Lume, que leva livros a “todos os cantinhos da Amazônia”.

Esperamos você no Barthodomeu no dia 12 para comemorar conosco!   \o/

Nosso sebo online

Posted by on 09 Feb 2010 | Tagged as: cultura

Decidimos nos desfazer de alguns (muitos) livros para arejar um pouco a casa e fazer espaço nas estantes. Temos livros técnicos de várias áreas, além de ficção literária.

Se você se interessar por algum livro, siga estes passos:

1. Reserve o livro deixando um comentário na página do Picasa.

2010-02-09 sebo

2. Entrega:

a. Se você for do Rio de Janeiro, combinamos a entrega ao vivo, se você preferir.

b. Se for de fora do Rio, calcule o frete na página dos Correios e acrescente o valor do frete ao pagamento do livro (o CEP de origem é 22071-100).

3. Faça o pagamento via PagSeguro, clicando no link a seguir.



O PagSeguro tem parcerias com alguns dos principais bancos e cartões de crédito

4. Envie seu endereço pelo formulário de contato, que só eu vejo.

Eu, o processo e a Vakinha

Posted by on 29 Dec 2009 | Tagged as: Uncategorized

Quando recebi a intimação do processo movido pelo médico contra mim, fiquei apavorada. Excluí o post e, no dia seguinte, quando descobri que também estava sendo processada criminalmente, tirei o blog todo do ar.

Tive crises de depressão gravíssimas e fui parar no hospital. Parei de trabalhar por cerca de um mês. Voltei a tomar antidepressivos, coisa que não fazia havia mais de cinco anos.

De lá para cá, as coisas vêm melhorando aos poucos, mas a mera existência do processo sempre me causava pânico. Praticamente parei de blogar. Senti minha liberdade de expressão tolhida e castrada. Tinha medo de escrever sobre qualquer assunto.

No início deste mês, recebi a notícia de que seria intimada a pagar a indenização no valor de R$ 2.940,00 em 48h, sob pena de penhora online. Comecei a ver com a minha advogada como eu poderia proteger alguns bens essenciais ao meu trabalho (o computador, principalmente). Descobri que existe uma lei que protege os “bens de família”, o que me aliviou um pouco. Ainda desesperada e apavorada, comecei a pensar no que eu poderia vender, leiloar, rifar etc. para arrecadar o valor da indenização e desabafei com meus amigos no Twitter.

Foi aí que tudo começou a se transformar. E aqui preciso fazer um adendo. Preciso explicar que minha vida simplesmente mudou desde que conheci algumas pessoas no Twitter Oculto do ano passado e, a partir daí, passei a usar mais o Twitter como forma de manter contato com essas pessoas. Fiz amigos que jamais teria a oportunidade de conhecer, quanto mais de me aproximar e firmar laços tão fortes.

Eu, que sempre fui a rainha da timidez, da instrospeção e da vergonha própria, me vi organizando um evento como o Luluzinha Camp RJ e ajudando na organização do Twestival RJ. E falando ao microfone e tudo! Vocês não têm ideia de como isso representa um progresso gigantesco para quem tinha vergonha até de cumprimentar as pessoas conhecidas.

Enfim, voltando à história do processo. Meus amigos “virtuais” (não acredito nessa separação, mas acho importante enfatizar que conheci e fiz amizade com os dois online) Simone Villas-Boas (@s1mone) e Leandro Bravo (@lebravo) tiveram a ideia de criar uma Vakinha online para me ajudar a pagar a indenização. Aceitei porque eu realmente não sabia como ia fazer para pagar os R$ 2.940,00 ao médico. Aceitei achando que conseguiria arrecadar, no máximo, uns mil reais e, depois, daria algum jeito para conseguir o que restasse.

No mesmo dia, a Vakinha online atingiu 100% (hoje o valor está menor porque alguns pagamentos não foram confirmados). Amigos e pessoas que eu não conhecia e que nunca haviam conversado comigo estavam ajudando financeiramente e/ou divulgando a mensagem online por vários meios (Twitter, blogs, e-mail, listas de discussão etc.).

Hoje, dia 29 de dezembro de 2009, estou aqui, sentada em frente ao meu computador, única e exclusivamente para agradecer a cada um que contribuiu de alguma forma para que eu conseguisse arrecadar a maior parte do valor da indenização. (Acabei de ver que a Vakinha já tem 84,76% do valor.)

Agradeço especialmente a você que:

é meu amig@ e contribuiu com qualquer quantia;

é meu amig@ e não pôde contribuir por algum motivo, mas divulgou a Vakinha;

é meu amig@ e não pôde contribuir nem divulgou, mas me apoiou e me deu seu carinho;

é meu amig@ e não contribuiu nem divulgou e acha tudo isto uma grande palhaçada, mas continua sendo meu amig@;

não é meu amig@ e contribuiu com qualquer quantia;

não é meu amig@ e não pôde contribuir por algum motivo, mas ajudou a divulgar a Vakinha;

não é meu amig@, mas levantou sua voz contra a repressão ao direito constitucional de liberdade de expressão;

nem me conhecia, mas contribuiu e/ou divulgou a Vakinha porque deseja defender a garantia ao direito constitucional de liberdade de expressão;

é jornalista e abriu a boca para divulgar o caso e se indignou (ou não) com a situação.

Queria poder nomear cada pessoa que contribuiu, divulgou e/ou me apoiou, mas tenho muito medo de esquecer alguém e ser injusta. Pensei em colocar aqui os links para todos os posts que mencionaram o caso e as mensagens de apoio recebidas, mas vocês não têm ideia da quantidade! Eu certamente me esqueceria de alguém e – repito – não quero ser injusta com ninguém.

Por isso, deixo apenas um beijo e todo o meu carinho a todos vocês que ajudaram de alguma forma. Eu JAMAIS serei capaz de agradecer como vocês merecem.

Heart-Umbrella-1

Twestival

Posted by on 04 Sep 2009 | Tagged as: Uncategorized

Na próxima sexta-feira, dia 11 de setembro, acontece aqui no Rio de Janeiro o Segundo Twestival RJ. A primeira edição ajudou a ONG Charity: Water a construir poços de água potável na África. Esta segunda edição vai ajudar a Sociedade Viva Cazuza, que está passando por dificuldades financeiras.

Como faço parte da organização do Twestival, estive na Sociedade Viva Cazuza em visita e fiquei muito emocionada com o cuidado e o carinho dedicados às 22 crianças soropositivas que vivem lá.

Se você puder contribuir com um pouquinho, já vai ajudar a manter este belo projeto. As crianças agradecem.

Queima de fogos na Lagoa

Posted by on 21 Apr 2009 | Tagged as: amigos

Estava programada para hoje à noite, às 20h, uma queima de fogos na Lagoa para dar início ao ano da França no Brasil. Questões diplomáticas à parte, decidimos marcar com uns amigos de irmos todos juntos. Fizemos enquete e combinamos local e hora de encontro ainda ontem, via Twitter.

Acordamos hoje com um temporal violento. Eu e Roney conversamos e eu acabei dizendo que, se chovesse, eu preferia não ir. Ele achou que até as 19h a chuva já teria acabado. E eu insisti que, se chovesse, não iria.

Pois bem. No finalzinho da tarde, a chuva já havia diminuído muito e decidimos ir assim mesmo. Combinamos com algumas @s no Belmonte da Praça General Osório e, de lá, iríamos todos juntos a pé até a Lagoa.

Sentamos, comemos, bebemos, rimos, tiramos fotos – e a hora passando. Às 19h30, o Roney lembrou que estava na hora de irmos ou não daria tempo. Não demos muito ouvido a ele e continuamos conversando. Quando eram 19h50, decidimos pedir a conta. Até a conta chegar, a gente calcular os valores de cada um e efetivamente pagar, já eram mais de 20h.

Enquanto pagávamos, começamos a ouvir estrondos. Ficamos assustadíssimos achando que eram trovões. De repente, a ficha caiu: eram os fogos! Corre todo mundo! Vamos! Vamos! Vamos! Levantamos correndo e saímos do Belmonte debaixo de chuva.

Eu, Roney, Liz e Patrícia corremos, guardachuva em punho, pulando poças e tentando escapar dos pingos de chuva que insistiam em nos perseguir. O barulho dos fogos aumentava e nosso fôlego diminuía. E os quatro continuavam a andar rápido pela Visconde de Pirajá.

Finalmente chegamos à Vinícius de Moraes e entramos. Mais alguns quarteirões até chegar à Lagoa. A essa altura, meus pés já estavam molhados dentro do tênis, por mais que eu evitasse pisar nas poças. Quando chegamos na última esquina antes da Lagoa, surpresa! Tudo alagado! Andamos pelo meio da rua em busca de um trecho menos profundo e lá fomos nós!

E o barulho dos fogos continuava! Ca-bum! Ca-bum-bum! Ca-ba-bum! E toca de correr que nem malucos. Ao nosso lado, um casal corria tanto quanto nós. Eis que Roney solta a pérola: “Ih, acho que a gente vai chegar no final”.

O homem ficou revoltado! “Moço, num fala isso! A gente veio correndo de (sei-lá-onde) só pra ver os fogos!” Rimos. Eles também.

Quando finalmente colocamos os pés na Epitácio Pessoa, uma multidão vinha em nossa direção. Os fogos tinham acabado. Nós, os guerreiros, ainda insistimos: caminhamos um pouco mais para ver se não tinha um estalinho pra gente ver. Nada…

Fomos em direção à Visconde de Pirajá com a intenção de voltar para nossas casinhas. Afinal, a chuva e o friozinho já estavam nos castigando. Quando vimos a Chaika, decidimos sentar e comer uma sobremesa. Conversamos muito, comemos nossos docinhos, pagamos a conta, deixamos a Patrícia no ônibus, caminhamos mais um pouco, deixamos a Liz no outro ônibus e voltamos, eu e Roney, caminhando até em casa.

Resumo do dia? Nadamos e morremos na praia, mas conseguimos conversar e rir um bocado com os amigos. E é isso que vale, não é?

Atualização: Fotos de hoje no álbum da Patrícia.

Sem luz

Posted by on 08 Sep 2008 | Tagged as: amigos, vida

No sábado, já contei ontem, ficamos sem luz aqui em casa. Das 2 da tarde até meia-noite. Aproveitei para tirar um cochilo à tarde, pois não tinha dormido muito bem de sexta para sábado.

Roney estava na rua e foi tentar descobrir o que tinha acontecido. Subiu as escadinhas até o morro e conversou com o povo da Light. Uma árvore caiu e derrubou um poste e os cabos. Ficou lá por um tempo e voltou para contar as novidades (e trazer velas, porque não tínhamos nem uma velinha em casa).

Quando chegou, descobri o prazer de ficar sem luz com uma boa companhia. Ele tomou um banho (depois de ter subido 11 andares de escada, estava morto de cansaço e suor) e ficamos deitados na cama e conversando.

Falamos muito, demos muitas risadas, conversamos sobre as venturas e desventuras da vida. Ele falou uma coisa importantíssima: “Muitos casamentos acabam com uma falta de luz”. Verdade. Quem não tem do que falar quando não há música, TV, Internet etc. acaba repensando o que está fazendo ali naquela vida, com aquela pessoa.

Aconteceu exatamente o contrário conosco: ficamos felizes de estar ali, juntos, no escuro, só conversando e rindo.

No quarto andar, um grupo de amigos se reuniu para tocar e cantar. Deu vontade de ir para lá. Aí ligamos para uma amiga que disse uma coisa super fofa: “Puxa, se eu não tivesse compromisso hoje, ia praí ficar com vocês batendo papo”. Argumentei sobre os 11 andares de escada e ela disse que valeria a pena, para ficar conversando com a gente.  🙂

Depois, sentamos na varanda para conversar à luz da lua e das estrelas. Ele decidiu ler e eu pintei umas caixinhas. Tudo à luz de velas.

O mais gostoso foi parar, desacelerar, pensar na vida, avaliar escolhas. Acho que precisamos apagar as luzes com mais freqüência.

Domingão

Posted by on 08 Sep 2008 | Tagged as: amigos, vida

O domingo começou estranho, depois de termos passado o dia inteiro ontem sem luz (das 14 às 0h) por conta de uma árvore que desabou na rua de trás e derrubou os cabos de energia.

Tive até síndrome de abstinência (também conhecida como descomgoogolation). Não pude trabalhar nem me divertir na internet. 🙁

Dormi, sonhei com um canalha e dei um soco nas costas do cara. Abri os olhos e tinha socado meu querido maridinho, que não é canalha e não merece um soco, muito menos antes de acordar.

Levantei com preguiça, depois de quase me ajoelhar para pedir perdão ao marido. Almocei e saí para uma voltinha na praia. Caminhei um bocado para ver gente (e cachorrinhos, claro) e depois eu e Roney sentamos para conversar com um amigão e comer uma pizza.

Na praia, vimos uma novidade: um medidor de raios UV, com recomendação de qual filtro solar deve ser usado naquele momento. Achei interessante. E os quiosques novos aqui perto de casa também já foram inaugurados.

Voltei para casa e passei o resto do dia vendo TV.

Resumindo, foi um fim de semana pacato, sem trabalho e sem muitas novidades (exceto o soco na cara do marido, claro). Amanhã começa a correria de novo.  🙂

“Coincidências”…

Posted by on 03 Sep 2008 | Tagged as: cinema, cultura, música, vida

Na minha adolescência, eu era apaixonada pelos Bee Gees e, mais especificamente, pelo irmão mais novo deles, o Andy Gibb. Outro dia eu estava vendo uns vídeos dele no YouTube (tem muita coisa dele por lá, felizmente) e me dei conta de que ele se parecia com alguém, mas não conseguia me lembrar quem. Outro dia me deu o “clique”. Ele é A CARA do Heath Ledger!

Vejam as “coincidências” (além da semelhança física):

1. Os dois são australianos.

2. Ambos têm “Andrew” no nome (Heathcliff Andrew Ledger e Andrew Roy Gibb).

3. Andy Gibb morreu aos 30 com problemas cardíacos causados pelo excesso de cocaína e álcool; Heath Ledger morreu aos 29 por overdose de medicamentos controlados.

4. Os dois eram lindos. 🙂 E ambos pareciam ser pessoas sensíveis.

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